(Gabriel Caldeira, Estadão Conteúdo) – O ouro fechou em alta hoje e no acumulado desta semana. O metal precioso foi beneficiado pela queda do dólar no confronto com a maioria de seus pares globais, como o euro e o iene. O enfraquecimento da divisa americana tende a dar fôlego a commodities cotadas em dólar. Em cenário mais amplo, operadores reagem a apostas de que o Federal Reserve (Fed) vai moderar o aumento dos juros no atual ciclo de aperto monetário nos EUA.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro avançou 0,71% entre ontem e hoje e 2,17% na semana, a US$ 1.781,80 por onça-troy.
Apesar de indicadores de preços como o índice de preços de gastos com consumo (PCE) e o índice de custo de emprego mostrarem alta acima do previsto hoje, boa parte do mercado mantém a posição de que o Fed será mais brando na alta de juros nos EUA, após retórica considerada dovish do presidente Jerome Powell e do segundo trimestre seguido de contração do Produto Interno Bruto (PIB) americano.
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“Esse rali relacionado ao Fed parece um pouco exagerado para nós, então vemos os preços dos metais preciosos diminuindo no curto prazo”, projeta a Capital Economics. Em relatório, a consultoria diz esperar que a onça-troy do ouro termine o ano precificada em US$ 1,65 mil, em queda concomitante ao eventual fortalecimento do dólar, diante do aperto monetário do Fed – que deve ser menos suave do que o mercado sugeriu esta semana, segundo a casa.
O TD Securities tem visão similar, e por isso optou por mudar sua posição para vendida em relação ao ouro, ao antecipar que uma reprecificação nas expectativas sobre o Fed vai “exacerbar fluxos de saída do metal amarelo”.