O ouro fechou em alta de 2% na sessão desta sexta-feira (1), diante do alívio dos retornos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries). Os ativos responderam a novos dados econômicos dos EUA e a falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que, no geral, reforçaram expectativas de que o BC americano vai relaxar política até junho.
Leia também
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril encerrou o pregão com alta de 1,99%, a US$ 2.095,70 a onça-troy. O ouro se valorizou 2,25% na acumulado da semana, ao longo da qual os investidores foram firmando cada vez mais as apostas em cortes de juros pelo Fed em junho.
Hoje, essa visão foi sustentada por dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial na leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), sentimento do consumidor e investimentos em construção, divulgados nesta manhã. Os dirigentes do Fed Austan Goolsbee e Tom Barkin também expressaram confiança na trajetória de desinflação, apontando que os índices de preços de janeiro não significam necessariamente uma tendência de reaceleração.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Com a proximidade do relaxamento monetário à vista nos EUA – faltam apenas duas reuniões para a de junho -, as expectativas são positivas para o ouro. Isso porque o alívio nos juros tende a pressionar para baixo os rendimentos dos Treasuries, com quem o metal compete por também ser ativo de segurança. A Capital Economics está prevendo que o preço do ouro deverá subir nos próximos anos, apoiado por
cortes de juros até mais rápidos do que o mercado está esperando, pela queda nos yields e pela depreciação do dólar.