O ouro fechou em queda nesta segunda-feira (1), diante da valorização dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), à medida que investidores digerem resultado do primeiro turno das eleições na França e rodada de dados macroeconômicos. Analistas apontam que também há incerteza quanto aos próximos passos de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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O ouro para agosto fechou em queda de 0,03%, em US$ 2.338,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Os preços do ouro foram pressionados nesta segunda-feira, em meio a alta dos juros dos Treasuries. Os rendimentos acompanharam a valorização de títulos europeus, impulsionados após o resultado do primeiro turno da França. Segundo o Rabobank, o cenário dividido trouxe alívio para os spreads dos bônus da Europa, mas o movimento pode ter fôlego curto, a depender do segundo turno, que acontece no próximo final de semana.
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Investidores digerem também nova rodada de dados macroeconômicos dos EUA. Hoje, leituras divergentes do PMI industrial ampliaram dúvidas sobre os próximos passos do Fed: houve avanço a 51,6 em junho, na pesquisa da S&P Global, e recuo a 48,5 em junho, no levantamento do ISM, que tende a ser preferido pelo mercado. Para a Oxford Economics, ambas as leituras não devem ter reflexo sobre as próximas decisões do BC americano e só devem apontar melhora de fato da indústria depois do início de cortes de juros pelo Fed.
Estrategista de Metais da MKS PAMP, Nicky Shiels destaca que o mercado de ouro está de olho nos dados e que somente sinais de estagflação podem impulsionar um novo rali dos preços. Shiels argumenta ainda que não será fácil para o ouro “capitalizar” sobre os rendimentos dos Treasuries, tendo em vista a maior sensibilidade aos dados macroeconômicos.