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Ouro fecha em alta e renova máxima histórica, contornando dado dos EUA

A escalada das tensões geopolíticas continua impulsionando investidores a recorrerem a ativos de segurança

Ouro fecha em alta e renova máxima histórica, contornando dado dos EUA
(Foto: Envato Elements)

O ouro fechou em alta nesta sexta-feira (5), renovou máxima histórica e acumulou ganhos robustos na semana, enquanto a escalada das tensões geopolíticas em diversas frentes continua impulsionando investidores a recorrer a ativos de segurança. As tensões, inclusive, compensaram os dados robustos do payroll dos EUA em março, que contrariam as expectativas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) precocemente.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 1,6%, a US$ 2345,40 a onça-troy, novo recorde histórico. Na variação semanal, o ouro avançou 4,78%.

Segundo Carsten Menke, do Julius Baer, os ganhos do ouro também vêm sendo apoiados pela forte procura pela commodity por bancos centrais de países desenvolvidos, que aumentaram suas reservas fortemente nos últimos meses. Mesmo assim, a procura parece já estar próxima do limite, afirma o analista. Ele pontua que, “embora os bancos centrais e os investidores chineses devam apoiar os preços do ouro em níveis estruturalmente mais elevados, a sua procura não deve aumentar constantemente”.

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Louis Navellier, da gestora Navellier, também nota que China e Índia têm comprado ouro em níveis recordes e escreve que “os receios de uma Terceira Guerra Mundial estão aumentando, à medida que a agitação no Oriente Médio se dissemina”. Ele destaca que um conflito entre Irã e Israel parece cada vez mais próximo de acontecer.

Hoje pela manhã, foi divulgado que a economia dos Estados Unidos criou 303 mil empregos em março, em termos líquidos. O resultado ficou bem acima do teto das expectativas de analistas e, segundo a Capital Economics, reforça o discurso de que o Fed não precisa ter pressa para reduzir as taxas de juros.

O Commerzbank destaca que o ouro tem apresentado um comportamento curioso em relação à política monetária americana: quando um dado econômico vai na contramão de cortes de juros precoces, o ouro recua levemente; quando um dado econômico sustenta os cortes de juros pelo Fed no curto prazo, o ouro recebe um forte impulso.