O ouro fechou novamente em alta nesta terça-feira (10), repercutindo a retomada de compra do metal precioso pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) após seis meses de pausa. O metal precioso também encontra apoio nas tensões geopolíticas elevadas, reforçando seu apelo como um ativo porto seguro, e nas chances de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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O ouro para fevereiro fechou em alta de 1,21%, a US$ 2.718,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O PBoC adquiriu cerca de 5 toneladas métricas de ouro, uma quantidade comparativamente pequena em comparação com as compras anteriores de até 30 toneladas por mês. A retomada das compras, contudo, é o principal fator na recuperação mais recente do ativo, afirmam os analistas do Commerzbank. A compra pode ser em resposta à vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, que ameaça a China com a possível introdução de tarifas punitivas, diz o banco alemão.
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“Ainda vemos a compra de ouro pelos bancos centrais como a força estrutural mais forte no mercado do metal precioso. Ela é impulsionada pelo desejo dos BCs de serem menos dependentes dos títulos do Tesouro dos EUA como ativos de reserva”, diz a Julius Baer em relatório.
No radar, as expectativas de que o Fed reduzirá as taxas de juros dos EUA este mês se solidificaram entre os traders, aumentando o apelo do ouro, escreve Ricardo Evangelista, analista sênior da ActivTrades.
Os dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano, a serem divulgados amanhã, desempenharão um papel fundamental na formação dos preços do ativo: um aumento nos preços ao consumidor poderá pesar sobre o ouro, enquanto que números mais baixos do que o esperado poderão sustentar os preços, acrescenta Evangelista.
Com informações da Dow Jones Newswires
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