A expectativa de cortes de juros mais tardios pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) continuou contendo os preços do ouro nesta quarta-feira (14), que operou lateralmente até o fechamento, e ainda resistindo acima da marca psicológica de US$ 2.000 por onça-troy.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 0,14%, a US$ 2.004,30 por onça-troy.
O dólar fraco hoje deu apoio para o ouro, que na mínima intraday chegou a ficar abaixo dos US$ 2.000, mas se recuperou mais para o fim da sessão e terminou com pequenas perdas. Segundo o TD Securities, a resiliência do ouro no nível atual sugere que há uma atividade de compra renovada nos mercados físicos. O banco canadense aponta que a desinflação em curso nos Estados Unidos ainda é a “perspectiva macroeconômica mais provável”, mas investidores agora estão mais vulneráveis com a possibilidade de cortes tardios.
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Em relatório, o ING escreve que o ritmo de flexibilização dos juros do Fed este ano pode mudar. Com isso, a previsão da instituição holandesa de que o ouro vai terminar 2024 perto de US$ 2.150 por onça-troy está “em risco”, afirma.
O Julius Baer escreve que os dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA de janeiro expôs “vulnerabilidades” no mercado de ouro, e o banco suíço mantém sua visão “cautelosa” sobre os preços do metal precioso. Para considerar um cenário mais otimista, a instituição diz que seria necessário que o Fed cortasse juros mais rápido, e esta visão só é possível em caso de recessão econômica – que não parece tão próxima do radar.
“Ainda vemos mais perspectivas de baixas do que de altas no mercado de ouro”, diz o Julius Baer, ao indicar que os preços têm se sustentado acima dos US$ 2.000 devido à “força das compras de bancos centrais e o aparente regresso dos chineses, que procuram refúgios seguros”. No mundo ocidental, porém, ele destaca que há uma fraqueza na procura por ativos de segurança.