O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira (14), favorecido pela desaceleração dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e do dólar após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de outubro vir abaixo do esperado, tanto na leitura mensal quanto na anual.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,84%, a US$ 1.966,50 por onça-troy.
Segundo Craig Erlam, da Oanda, a questão agora é se o metal precioso conseguirá manter esse impulso e chegar a operar a US$ 2 mil por onça-troy, nível no qual a commodity “falhou repetidamente em ultrapassar no fim de outubro”.
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Já o Julius Baer relembra que os preços do ouro estão, no geral, desacelerando “à medida que a percepção da guerra entre Israel e o Hamas nos mercados financeiros mudou, de uma escalada iminente com impacto no Oriente Médio para um conflito mais contido”. Ainda, o banco avalia que os preços estão seguindo padrões já históricos, o que sustenta a avaliação de que a recuperação foi impulsionada por uma “mudança de sentimento no mercado” e não por uma maior busca por ativos seguros.
“Salvo uma escalada do conflito e a sua propagação na região, vemos mais desvantagens do que vantagens para o ouro”, destaca análise.