O ouro futuro fechou em alta nesta terça-feira (19), prolongando o ganho da sessão anterior, o que gera análises de que a sequência de perdas vistas após as eleições nos Estados Unidos pode ter terminado. Sinais de piora nas tensões geopolíticas dão suporte adicional à recomposição de preços do metal.
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O ouro para dezembro subiu 0,63%, a US$ 2.631,0 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A queda acentuada nos preços na semana passada despertou interesse renovado, segundo o Commerzbank, que elevou a projeção para o preço do metal no segundo semestre de 2025 de US$ 2.600 para US$ 2.650,00 a onça troy. “É provável que a inflação nos EUA aumente, visivelmente, devido à esperada política tarifária do presidente eleito dos EUA, Trump, sem que a Fed reaja com um aperto da política monetária“, avaliaram os analistas do banco.
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“Como os argumentos a favor do ouro não mudaram, o nível mais baixo de preços, provavelmente, está atraindo um interesse renovado de compra”, observou o Commerzbank. Um sinal de interesse de compra derivou do influxo de recursos para o maior ETF de ouro do mundo desde sexta-feira, segundo o banco. “Após a queda dos preços na primeira quinzena de novembro, o preço do ouro está novamente mais em linha com as expectativas reduzidas de cortes nas taxas de juro”, ponderaram analistas do banco, referindo-se à expectativa do mercado de que as taxas de juro nos EUA caiam para 4% até meados de 2025.
Do lado geopolítico, poucas horas depois de os EUA terem dado permissão à Ucrânia para usar armas americanas para atacar o território russo, o que aconteceu, Moscou anunciou uma mudança na doutrina nuclear que permite o uso de armas nucleares contra um adversário, convencionalmente, armado que é apoiado pelas potências nucleares.
Servindo de abrigo para piora das tensões geopolíticas e incertezas associadas ao governo Trump, a Sucden projetou, em nota, que o ouro pode atingir novas máximas históricas nas próximas semanas.