O ouro fechou em baixa nesta quinta-feira (20), pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e do dólar ante rivais, após dados indicarem resiliência do mercado de trabalho nos EUA e elevarem as apostas por maior aperto monetário do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Balanços corporativos de mineradoras, que mostraram queda na produção do metal, também estiveram no radar dos investidores.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou com baixa de 0,49%, a US$ 1970,90 por onça-troy.
O preço do ouro se enfraqueceu à medida que o dólar se valorizou em comparação a outras moedas fortes e emergentes, tornando o metal mais caro para investidores que operam outras divisas. Já o aumento nos retornos dos Treasuries ampliaram também a atratividade dos títulos públicos americanos, que competem com o ouro como ativos de segurança.
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Os dois movimentos ocorrem na esteira da divulgação dos números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que mostraram queda menor que o esperado e lembraram da força do mercado de trabalho. Após o dado, a probabilidade de o Federal Reserve (Fed) aumentar juros em 50 pontos-base ao longo dos próximos meses cresceu, de acordo com o monitoramento do CME Group. Por volta das 14h55 (de Brasília), a chance de a taxa básica avançar do nível atual (entre 5,00% e 5,25%) para o intervalo de 5,50% e 5,75% até novembro era de 31,4%, ante probabilidade de 25,3% ontem. “O ouro continua a cair de uma alta que durou dois meses, conforme sobem as apostas por aumento na taxa do Fed”, escreveu o analista da Oanda Edward Moya.
O mercado também acompanhou a divulgação de resultados trimestrais piores que o esperado de empresas de mineração. A chilena Antofagasta reportou uma queda de 16% na produção de ouro no balanço do segundo trimestre. Já a americana Newmont registrou queda na produção do metal de 1,5 milhão para 1,24 milhão no período.
*Com informações da Dow Jones Newswires