O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em queda pela quarta sessão seguida nesta quinta-feira (28), pressionado por comunicações mais agressivas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e pela tendência dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) mais altos.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,65%%, a US$ 1.878,60 por onça-troy.
Craig Erlam, da Oanda, afirma que a comunicação mais “hawkish” do Federal Reserve (Fed) está ajudando a punir a commodity. “Na ausência de dados mais promissores dos EUA sobre a inflação e o mercado de trabalho, o ambiente poderá continuar a ser difícil para o ouro. E uma paralisação do governo poderia complicar ainda mais isso”.
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Já Edward Moya, também da Oanda, destaca que a força dos juros dos Treasuries nos últimos dias acabou com “qualquer esperança de uma recuperação do ouro a curto prazo” e que há possibilidade de mais quedas.
“O colapso do ouro abaixo do nível de US$ 1.900 por onça-troy abriu a porta para vendas técnicas em direção à região de US$ 1.870”, avalia, destacando que, mesmo com as expectativas de desaceleração da inflação, o posicionamento do mercado poderá permitir que o ouro caia em direção aos US$ 1.800 por onça-troy.
Ainda, o TD Securities afirma que as liquidações do ouro por parte de traders de Xangai aumentaram durante a noite, com a maior queda nos preços de Xangai em três anos. “Ao mesmo tempo, vemos também uma elevada margem de segurança contra a atividade de vendas por parte de traders que seguem as tendências do mercado, o que amortece o risco de uma quebra acentuada abaixo das mínimas locais”, avalia o banco canadense.