O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira (30), favorecido pela queda dos juros dos Treasuries, pela desaceleração do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) e pelo dólar fraco.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,60%, a US$ 1.929,40 por onça-troy. Na semana, entretanto, o ouro caiu 0,1%. No mês de junho, por sua vez, o metal teve queda de 2,66%, enquanto no semestre, a commodity avançou 5,65%.
O ouro foi beneficiado pelos resultados do PCE, com desaceleração do núcleo além do esperado, o que, na visão da Capital Economics, significa que a próxima alta de juros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) poderá ser a última.
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Na visão de Edward Moya, da Oanda, apesar da alta de hoje, a semana não foi benéfica para o metal precioso, à medida que o “apetite pelo risco permaneceu saudável, pois as negociações de grandes tecnologias não desaparecerão”. Entretanto, o analista aponta que a commodity tem chance de se manter no nível de US$ 1.900 por onça-troy se as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) realize apenas mais uma elevação de juros esse ano sigam aumentando.
Já o Commerzbank aponta que as importações líquidas de ouro pela China de Hong Kong se mantiveram no mesmo nível em maio em relação ao mês anterior e, desde o início do ano, somam 234 toneladas, mais de três vezes o nível registrado no mesmo período do ano passado. “Portanto, não há sinais de enfraquecimento da demanda de ouro no maior país consumidor de ouro do mundo, apesar da recuperação econômica anêmica e de um nível de preços significativamente mais alto em comparação com o início do ano”.