O contrato mais líquido do ouro fechou em forte baixa nesta quinta-feira (03), seguindo uma postura do Federal Reserve (Fed) que pressionou o metal. Os comentários do presidente da autoridade, Jerome Powell, após a decisão de política monetária ontem apontaram que as taxas de juros podem ser ainda mais altas nos Estados Unidos. Neste cenário, o dólar ganhou impulso, pressionando o ouro, cotado na moeda americana.
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Além disso, os rendimentos dos Treasuries avançaram, investimento que compete em segurança com o ouro.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em baixa de 1,16%, a US$ 1.630,90 por onça-troy.
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Na visão da Edward Moya, analista da Oanda, “tudo parece estar indo contra o ouro agora”. As consequências do Fed estão pressionando o metal, já que Powell, sinalizou que os juros serão muito mais altos, aponta. “O pico do dólar poderia ser colocado em prática, mas Powell, disse que o Fed está mais preocupado em fazer muito pouco sobre a inflação do que muito”, afirma Moya. Desta forma, o analista avalia que a moeda americana “pode ter um desempenho superior no próximo mês”.
“O ouro está pairando em torno do suporte principal, o que significa que, se os preços quebrarem, a venda poderá ser intensa. O nível de US$ 1.600 pode não fornecer tanto suporte, o que significa que os preços do ouro podem enfraquecer para a área de US$ 1.575”, projeta Moya. Já para o TD Securities, os preços do ouro permanecem bem abaixo dos níveis que seriam consistentes com uma tendência de alta renovada no próximo trimestre, e com as pressões negativas ainda se firmando nos metais preciosos.