(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) — O ouro fechou em queda, nesta quinta-feira, pressionado pela perspectiva de juros mais altos. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros em 75 pontos-base, enquanto nos Estados Unidos o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reafirmou o compromisso da instituição em agir para conter a inflação.
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O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,44%, em US$ 1.720,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Os preços do ouro recuavam “no momento em que a era das taxas de juros ficam para trás”, afirmou a Oanda, em comentário a clientes. Como o metal não paga retorno, ele enfrenta dificuldades para competir com os juros dos Treasuries, por exemplo, como opção segura de investimento. A Oanda aponta que o BCE e também o Banco Central da Dinamarca abandonavam juros negativos, e previa que o contrato se consolidasse na casa dos US$ 1.700, até que seja publicado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, na próxima semana.
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O TD Securities, por sua vez, acredita que os preços do ouro podem já refletir adequadamente o nível esperado das altas de juros. O banco avalia, contudo, que o metal pode não refletir “as implicações de um período sustentado de política restritiva”. O TD cita também o fato de que a demanda pelo metal na China diminui, o que abre espaço para mais recuos.