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Metais: cobre fecha em baixa, com temores sobre economia chinesa

Nova taxa no Chile também esteve no radar do mercado de metais

Metais: cobre fecha em baixa, com temores sobre economia chinesa
Cobre em uma usina de reciclagem de sucata - Foto: Envato Elements

Por Ilana Cardial – O cobre fechou em baixa nesta segunda-feira, com liquidez reduzida devido aos mercados fechados nos Estados Unidos em dia de feriado local. Analistas afirmam que uma possível desaceleração da economia da China preocupa investidores, além da proposta de nova taxa sobre cobre no Chile estar no radar. As perdas desta sessão se dão na esteira do recuo acumulado de 3% vistos na semana anterior. Em Londres, o ativo mais líquido perdeu a marca de US$ 8.000 por tonelada.

No pregão eletrônico da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro tinha baixa de 0,35%%, a US$ 3,5735 a libra-peso, por volta das 14h40 (de Brasília). Já na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 0,93%, a US$ 7.980,00 por tonelada.

Chefe de pesquisa no Julius Baer, Carsten Menke observa que a venda nos mercados de metais industriais prevalece. “Os preços da maioria dos metais caíram entre 1,5% e 5%, levando às perdas totais desde o pico no início de março entre 30% e 40%”, afirma, em relatório. Menke diz ser difícil definir um fator específico que empurre os preços para baixo hoje e nota que o sentimento geral de aversão o risco tende a ser bem limitado nos mercados de metais.

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Para ele, isso sugere que as pressões sobre os preços devem estar ligadas a mais preocupações com a desaceleração da economia chinesa, que é de longe a maior consumidora dos metais industriais. Os indicadores econômicos da indústria, publicados recentemente, sugerem uma estabilização do setor, afirma Menke. “Embora pensemos que o governo chinês está tomando as medidas necessárias para um crescimento estável, não esperamos grandes medidas de estímulo intensivo em metais, visando os setores de infraestrutura ou imobiliário”. Além disso, a oferta nos mercados de metais aumentou, diz o analista, com maior produção da China e exportações “bastante resilientes” pela Rússia.

Paralelamente, o líder para pesquisa em metais e mineração na RBC Capital Markets, Tyler Broda, avalia a proposta para reformar a taxa de mineração no Chile como mais negativa do que operadores esperavam. Ao preço do cobre de US$ 3,75 por libra-peso, a alíquota efetiva total passaria de 37% para 43% para um projeto, como o Los Pelambres de Antofagasta, estima. “Embora as taxas básicas de imposto sejam suportáveis aos preços atuais do cobre, o formato das curvas de retorno efetivamente limita a exposição de alta aos preços do cobre”, diz Broda. O economista diz esperar que haja impacto material no potencial rating e nas perspectivas de investimento a longo prazo para a Antofagasta.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio perdia 0,10%, a US$ 2.466,00, a do chumbo subia 1,04%, a US$ 1.950,00; a do níquel avançava 3,40%, a US$ 22.530,00; a do estanho tinha alta de 2,03%, a US$ 26.680,00; a do zinco ganhava 1,74%, a US$ 3.098,00.

*Com informações da Dow Jones Newswires.