A informação divulgada pela imprensa uruguaia de que a agência antitruste local negou a parte da proposta de aquisição de ativos da Marfrig (MRFG3) no país pela Minerva (BEEF3) deve trazer reação negativa às ações da empresa compradora, avaliou o Goldman Sachs, em relatório. Apesar da notícia, a administração da Minerva afirmou que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial das autoridades uruguaias. Segundo a empresa, a revisão antitruste no Uruguai deve ser concluída até o fim deste mês.
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“Após um desempenho robusto, ontem (16), com alta de 9,4% em suas ações (em comparação com um ganho de 0,2% do Ibovespa), espera-se que as ações da Minerva reajam negativamente à notícia hoje”, afirmou o Goldman Sachs em relatório.
Em agosto de 2023, a Minerva anunciou a intenção de adquirir 16 unidades da Marfrig na América Latina, incluindo três plantas no Uruguai, representando 16% da capacidade total de abate de bovinos que a empresa busca adquirir. A fatia uruguaia corresponde a cerca de 20% do valor total da proposta, equivalente a R$ 6 bilhões mais juros. O acordo inclui termos mais flexíveis no Uruguai do que no Brasil. E o preço final no Uruguai pode sofrer ajustes dependendo da decisão final dos reguladores locais.
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O Goldman Sachs destacou, no relatório, que mantém a classificação de compra para as ações da Minerva, com um preço-alvo de R$ 8,00 em 12 meses. “Aguardamos mais informações sobre o processo para avaliar seu impacto fundamental final”, acrescentou o Goldman Sachs. Após ter alta de 9,4% na quinta-feira, a ação da Minerva caía 0,15% às 13h41, cotada a R$ 6,87.