O dólar avançou ante o euro e a libra, em meio a ponderações do mercado sobre o possível diferencial de juros entre o Federal Reserve (Fed) e os pares europeus. Entretanto, a moeda americana permaneceu praticamente estável na semana, após dados dos EUA colocarem em dúvida precificação sobre o momento de início de eventual relaxamento monetário pelo BC americano
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No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 144,91 ienes, enquanto o euro tinha queda a US$ 1,0954 e a libra caía a US$ 1,2747. O índice DXY fechou em alta de 0,11%, a 102,404 pontos, e teve avanço marginal de 0,01% na variação semanal.
Como previsto pela Bannockburn, o dólar encerrou este pregão em consolidação contra a maior parte das divisas rivais, enquanto investidores digerem dados macroeconômicos dos Estados Unidos em busca de pistas sobre os próximos passos de política monetária do Fed.
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Hoje, dados da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos vieram abaixo das expectativas do mercado e arrefeceram em parte as preocupações provocadas pelos dados de inflação ao consumidor (CPI, em inglês), analisou a Pantheon, em nota.
Para a consultoria, o relatório da inflação de gastos com consumo (PCE, em inglês) será decisivo e pode pressionar os dirigentes do Fed a começar mais cedo o relaxamento monetário, mantendo na mesa a possibilidade de cortes de juros já em março. No horário citado, esta ainda era a probabilidade majoritária (79,5%) precificada pelo mercado, conforme ferramenta de monitoramento do CME Group.
Estrategista de Derivativos de Câmbio Société Generale Research, Olivier Korber avalia que esta precificação “é prematura”, considerando que o núcleo da inflação não deve reduzir rápido o suficiente até março para justificar um corte de juros e que a ata do Fed não mencionou esta opção. Korber prevê que este cenário deve enfraquecer ainda mais o euro no curto prazo, tendo em vista o diferencial de juros.
Ainda no radar, fontes revelaram à Reuters que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve manter projeções de que a inflação oscilará em torno da meta de 2% para os próximos anos, apesar do cenário econômico incerto e riscos geopolíticos.
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Em relatório, a Capital Economics alerta que a maior parte das divisas latinas devem cair contra o dólar neste ano e, como resultado, deteriorar o desempenho de ativos no mercado acionário da América Latina, em termos de conversão para o dólar.