O dólar chegou a oscilar próximo da estabilidade frente a uma cesta de outras moedas principais nesta quarta-feira (29), mas se fortaleceu no dia. Houve ganho de fôlego ao longo da sessão, em quadro de juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) novamente apoiados, enquanto o euro chegou a reduzir perdas com dado de inflação da Alemanha, mas ainda assim caiu.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 157,69 ienes, o euro caía a US$ 1,0803 e a libra tinha baixa a US$ 1,2702. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava alta de 0,50%, a 105,138 pontos.
Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,4% na preliminar de maio, na comparação anual, acelerando após a alta de 2,2% vista em abril. O euro chegou a reduzir queda após o dado, embora ele tivesse vindo em linha com a previsão dos analistas ouvidos pela FactSet.
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O ING considerou que a inflação no país é um sinal da persistência de preços arraigados na zona do euro como um todo, mas ainda assim manteve expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) cortará juros na próxima semana. O ING acrescentou que, depois do esperado corte inicial de 25 pontos-base, não há clareza sobre como os dirigentes podem atuar, diante da inflação de fato persistente e de uma atividade econômica que ganha algum fôlego na região. Na opinião do Commerzbank, o dado de hoje é um sinal de que tendência recente de desinflação na Alemanha pode ter acabado.
Já nos EUA, os juros dos Treasuries continuavam a mostrar fôlego, embora o quadro tenha chegado a ser misto. A força dos retornos dos bônus locais é fator de apoio para o dólar. Sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também contribuem, com a visão recente de que os juros básicos seguirão elevados por mais tempo, com a inflação persistente em solo americano, ainda distante da meta.
O Fed divulgou hoje seu Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões de política monetária. O documento apontou que os preços continuavam a avançar em nível modesto até meados de maio no país, e acrescentava que devem seguir nesse ritmo no curto prazo. A atividade econômica nacional continuava a se expandir no período, mas com consumidores mais sensíveis a altas nos preços, segundo esse relatório. Para a Oxford Economics, o documento sugere que a economia americana está se sustentando bem, inclusive em segmentos mais sensíveis aos juros.
Após o Livro Bege, o dólar manteve o fôlego já mostrado no início da tarde.
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