O dólar operou em baixa ante a maioria das moedas, dando continuidade a um cenário de quedas da moeda americana, especialmente impulsionado pela visão de que o Federal Reserve (Fed) cortará taxas ao longo do próximo ano. A publicação de indicadores apresentando desinflação deu ainda mais forças a esta percepção, no entanto, analistas e investidores buscam antecipar qual deve ser a magnitude dos cortes.
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No fim da tarde, o dólar subia a 142,49 ienes, o euro avançava a US$ 1,1014 e a libra tinha alta a US$ 1,2704. O índice DXY – que mede o dólar ante seis rivais fortes – cedeu 0,14%, a 101,698 pontos.
A última semana antes do período de férias chega ao fim, com o dólar um pouco mais fraco em todos os aspectos, aponta a Capital Economics. Ao contrário do ano passado, a reunião final de política do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) revelou-se um fracasso, segundo a consultoria com os dirigentes a se equivocando um pouco sobre o momento da sua tão esperada subida das taxas diretoras. No entanto, o iene recuperou dessa desilusão, uma vez que as expectativas das taxas de juro noutros países retomaram a sua queda, na sequência de novos sinais de que a inflação está arrefecendo, aponta.
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Tanto os EUA como o Reino Unido registram uma inflação mais fraca do que o esperado, lembra a Capital Economics. Consequentemente, o dólar e, especialmente, a libra têm estado sob pressão renovada, à medida que os participantes no mercado continuam reduzindo cada vez mais as expectativas das taxas de juro nos EUA e no Reino Unido. “Tal como aqui expusemos, pensamos que o iene continuará a se recuperar em 2024, enquanto a libra continua ficando atrasada à medida que a economia do Reino Unido enfraquece ainda mais – os dados do PIB desta semana sugerem que poderá já estar em recessão”, avalia.
O mercado está dividido quanto às apostas para a magnitude dos cortes a serem promovidos pelo Federal Reserve (Fed) nos juros em 2024. Ferramenta do CME Group atribui probabilidade de 36,9% de que a taxa chegue a dezembro do próximo ano na faixa de 3,75% e 4,00% (o que representaria seis cortes de 0,25 ponto porcentual cada ao longo do ano, totalizando 1,5 ponto porcentual) e de 34% de que a taxa caia ainda mais, para o intervalo de 3,50% a 3,75% (equivalente a sete cortes de 0,25 ponto porcentual, num total de 1,75 ponto porcentual).