O dólar se fortaleceu globalmente hoje, em correção parcial após perdas recente, depois que a revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) americano indicou resiliência da maior economia do planeta. De qualquer forma, o ímpeto ficou limitado, diante da crescente convicção no mercado de que o Federal Reserve (Fed) efetuará um rápido relaxamento monetário em 2024.
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O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, encerrou em alta de 0,02%, a 102,765 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a atingir menor valor desde agosto, ainda como reflexo das apostas em cortes de juros nos EUA.
A divisa ganhou algum fôlego na etapa final da manhã, quando o Departamento do Comércio americano informou que o PIB do país, na verdade, cresceu ao ritmo anualizado de 5,2% no terceiro trimestre, mais que o estimado anteriormente.
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Apesar disso, a curva futura encontrou espaço para acomodar expectativa de afrouxamento monetário do Fed ainda mais agressivo ao longo de 2024, conforme indica o monitoramento do CME Group. A ferramenta agora aponta cenário mais provável de corte acumulado de 1,25 ponto porcentual no ano que vem, a partir de março.
O quadro contraria a postura mais cautelosa de alguns dirigentes do Fed. Hoje, o presidente da distrital de Richmond, Tom Barkin, evitou descartar mais aperto à frente e ainda disse que discussões sobre cortes já prematuras. Seja como for, nesta tarde, o Livro Bege ressaltou que os preços moderaram nos EUA recentemente.
Para a Capital Economics, as perspectivas do câmbio dependerão essencialmente do comportamento do diferencial de juros, o que traz atenção também aos planos de outros bancos centrais, como Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE). “Os EUA estão mais perto do topo em termos de até que ponto poderiam cortar as taxas de juro, o que sugere que o dólar acabaria por enfraquecer neste cenário”, afirma.
A possibilidade de uma guinada do BCE, aliás, aumentou pela manhã, depois que leitura preliminar mostrou mais arrefecimento da inflação na Alemanha. Assim, por volta das 18h, o euro caía a US$ 1,0974.
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Ligeiramente mais resiliente, a libra recuava a US$ 1,2694. No Parlamento britânico, o ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, disse que há chances elevadas de uma recessão no país em 2024, embora entenda que esse risco diminuiu. Entre outras divisas, o dólar cedia a 147,34 ienes.
Na Argentina, o chamado dólar blue cedeu 20 pesos argentinos no câmbio paralelo, a 925 pesos, com a confirmação de que o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, indicará Luis Caputo ao cargo de ministro da Economia. A escolha sugere moderação na retórica adotada durante a campanha, uma vez que Caputo já reforçou as dificuldades em implementar a dolarização da economia.