O dólar se valorizou ante outras moedas principais, interrompendo várias sessões de variações limitadas, em meio aos preparativos para a divulgação do principal dado monitorado pelo Federal Reserve (Fed) para suas análises sobre o comportamento da inflação. O dia foi pontuado por manifestações prudentes de integrantes do Fed, enquanto a revisão em leve baixa dos dados do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos no quarto trimestre não abalou a convicção de que a economia norte-americana segue robusta.
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O levantamento trouxe ainda sinais da persistência da inflação no período. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 150,72 ienes, o euro recuava a US$ 1,0840 e a libra tinha baixa a US$ 1,2660. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava avanço de 0,14%, a 103,975 pontos. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) referente a janeiro será divulgado nesta quinta-feira. Já hoje, o dia foi pontuado por manifestações prudentes de integrantes do Federal Reserve (Fed).
A presidente da distrital de Boston, Susan Collins, disse que ainda precisa de mais provas de que a economia está caminhando para a meta de inflação de 2% ao ano antes de cortar os juros no país. A banqueira central disse, também, que é preciso mais tempo para poder analisar os dados e determinar o tamanho da queda. O tom prudente foi reforçado pelo presidente do Fed de Nova York, John Williams, o qual afirmou que “ainda temos caminho pela frente” até que se garanta inflação sustentada na meta de 2% da instituição.
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A percepção de que a economia dos Estados Unidos segue com um crescimento acima do potencial também deu suporte à moeda, mesmo após revisão em leve baixa do PIB do quarto trimestre do ano passado. No relatório, o núcleo do PCE foi revisado em alta, de 2,0% a 2,1%. A S&P Global revisou para cima sua expectativa de expansão do PIB americano em 2024, passando de 1,5% na última previsão para 2,4%. O euro chegou a ensaiar uma redução da queda pela manhã, mas sem ímpeto.
O ambiente segue menos favorável na região que compartilha a moeda única, como mostrou o índice de sentimento econômico da zona do euro, que apresentou uma inesperada piora em fevereiro, a 95,4 pontos. “Nos últimos dias, teve um aumento relevante de opções de euro contra o dólar, apostando, principalmente, no enfraquecimento do euro ante a moeda americana, diante do encontro do Banco Central Europeu que se aproxima”, disse o sócio e diretor de gestão da Azimut Brasil Wealth Management, Leonardo Monoli. O BCE se reúne no dia 7 de marco.