O dólar recuou hoje, sob pressão após um dado mais fraco que o esperado da economia dos Estados Unidos. Após indicadores também na Europa e em meio a declarações de dirigentes de bancos centrais, o euro e a libra encontraram espaço para avançar.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 154,81 ienes, o euro avançava a US$ 1,0706 e a libra tinha alta a US$ 1,2453. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,38%, a 105,675 pontos.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA caiu de 52,1 em março a 50,9 na preliminar de abril, segundo a S&P Global, abaixo da previsão de 52,5 dos analistas ouvidos pela FactSet e na mínima em quatro meses, com baixa tanto no setor de serviços quanto na indústria. O dado pressionou o dólar, que ampliou perdas depois da publicação.
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Para a Pantheon, os números sugeriam desaceleração no emprego nos EUA. No caso da libra, havia ainda espaço para recuperação, após ela ter tocado ontem mínimas em cinco meses frente ao dólar. Na agenda local, o PMI composto do Reino Unido subiu de 52,8 em março a 54,0 na preliminar de abril, ante previsão de 52,5.
Na zona do euro, o PMI composto avançou de 50,3 em março a 51,4 na prévia de abril, máxima em 11 meses. Na avaliação do ING, os PMIs da zona do euro apontavam para retomada do crescimento, mas não impediam cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). O vice do BCE, Luis de Guindos, disse que se não houver surpresa o corte de juros em junho é um fato consumado. Já o dirigente Joachim Nagel, mais cauteloso, disse que ainda é preciso ganhar mais convicção na trajetória da inflação rumo à meta, antes de decidir pelo corte.
O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, por sua vez, afirmou que a inflação desacelera e deve cair para a meta de 2% nos próximos meses. Para a Capital Economics, o relaxamento nos preços de serviços deve encorajar o BC britânico a cortar juros.
Na Ásia, a fraqueza do iene segue como foco importante. Segundo a imprensa japonesa, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve avaliar os efeitos da rápida queda na moeda, em sua reunião desta semana. Mais cedo, o iene renovou mínimas em quase 34 anos, diante da avaliação de que o BoJ não terá pressa em apertar mais sua política monetária, após ter elevado os juros pela primeira vez em 17 anos.
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