O dólar apresentou desempenho fraco ante boa parte das moedas globais nesta quinta-feira, após a ata do Banco Central Europeu (BCE) renovar expectativa por mais aperto monetário na região. A pressão sobre a moeda americana, no entanto, arrefeceu ao longo da tarde, em um cenário de aversão ao risco nos mercados.
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O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais fortes, fechou em queda de 0,12%, a 101,840 pontos. O movimento devolve parte dos ganhos recentes da divisa dos EUA, que vinham apoiada por sinais de inflação persistente. “Até que os cortes de juros neste ano sejam finalmente retirados da precificação, o dólar provavelmente permanecerá vulnerável”, avalia o BBH.
O avanço acima do esperado dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA corrobora a visão de que o Fed deve aumentar a taxa básica mais uma vez em 25 pontos-base em maio, de acordo com o Rabobank. “Diante de quaisquer outros sinais de crise este ano, o dólar provavelmente se recuperará”, destaca.
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No fim da tarde em Nova York, a libra recuava a US$ 1,2434, enquanto o euro avançava a US$ 1,0961. A forte desaceleração do índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha não suficiente para atenuar as preocupações quanto à inflação na região. Já a ata do BCE mostrou que dirigentes teriam firmado compromisso mais firme por aperto monetário se não fossem pelas tensões no setor bancário.
Como as turbulências arrefeceram, a tendência é de que o BC da zona do euro opte por uma elevação de 50 pontos-base nos juros em maio, avalia a Capital Economics. “Acreditamos que o Banco aumentará as taxas em mais 100 pontos-base nos próximos meses, para um pico de 4,0% na taxa de depósito”, prevê.
No radar, o Banco Central da República Argentina (BCRA) aumentou as taxas de juros em 300 pontos-base, a 81%, segundo apurou o jornal Ámbito Financeiro. A decisão ainda não foi confirmada publicamente pelo banco central. No final da tarde, o dólar avançou a 218,0846 pesos argentinos.