O dólar se estabilizou na comparação com rivais nesta tarde, depois de ter respondido em alta à inflação ao produtor (PPI) mais forte que o esperado nos Estados Unidos. O indicador consolida a visão de que o Federal Reserve (Fed) deve demorar até junho para cortar juros, mas as perspectivas para bancos centrais de outros países tendem a manter o cenário mais incerto.
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Por volta das 18h (de Brasília), o índice DXY, que mede a divisa americana ante seis rivais fortes, estava estável aos 104,295 pontos. O dólar avançava a 150,24 ienes. O PPI dos EUA avançou 0,3% em janeiro ante dezembro e superou as projeções de analistas, conforme revelado pelo Departamento do Trabalho hoje.
Depois do dado, a curva futura reduziu a aposta ainda majoritária de que o Fed determinará o primeiro corte de juros em junho, conforme mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group. Assim, as expectativas têm ficado mais alinhadas com a sinalizações de dirigentes da autoridade monetária de que a guinada para uma política mais frouxa será feita de maneira cautelosa.
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O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse esperar duas reduções da taxa básica a partir do verão americano, enquanto a líder da regional de São Franciso, Mary Daly, comentou que três cortes seriam “razoáveis”. Apesar disso, a Capital Economics ainda acredita que a inflação PCE está a caminho de chegar à meta de 2% até maio, o que abriria espaço para o alívio monetário.
Quando os mercados se ajustarem para refletir essa perspectiva, os rendimentos dos Treasuries devem cair e jogar o diferencial de juros para uma posição contrária à moeda norte-americana, de acordo com a consultoria. “Pensamos que isso resultaria na devolução de parte da sua força recente ao dólar”, diz. No horário citado acima, a libra caía a US$ 1,2599.
Pela manhã, a agência de estatísticas do Reino Unido informou que as vendas no varejo do país subiram 3,4% em janeiro ante dezembro. À tarde, o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, disse que a política deve continuar restritiva por enquanto. Entre outras divisas, o euro subia a US$ 1,0777.
Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel argumentou que a política restritiva seguirá em curso até que a instituição tenha confiança de que a inflação na zona do euro voltará à meta de 2% de maneira sustentável. O também dirigente François Villeroy de Galhau, porém, alertou que esperar muito para reduzir os juros pode ser arriscado.
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