O dólar caiu frente ao euro, mas mostrou impulso limitado ante outras moedas fortes em geral, em quadro de expectativa por negociações sobre a elevação do teto da dívida do governo federal nos Estados Unidos. Investidores monitoraram também declarações de autoridades monetárias, entre elas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 138,52 ienes, o euro avançava a US$ 1,0818 e a libra tinha baixa a US$ 1,2439, esta bem perto da estabilidade. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava alta de 0,05%, a 103,250 pontos.
Havia expectativa por reunião, após o fechamento dos mercados, entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, sobre a elevação do teto da dívida. Durante o dia, McCarthy disse que não havia ainda acordo, mas também apontou que ele poderia ocorrer ainda entre hoje e amanhã.
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Entre os dirigentes do Fed, James Bullard, presidente da distrital de St. Louis, disse que projeta mais duas altas nos juros neste ano, destacando a força da inflação, sobretudo de seu núcleo. Em evento, Bullard ainda avaliou que não vê o papel de domínio do dólar no mercado global de câmbio sob ameaça. Já Raphael Bostic (Atlanta) defendeu uma pausa no aperto monetário, enquanto Tom Barkin (Richmond) não se comprometeu com o desfecho da reunião de junho. Para Mary Daly (São Francisco), o mercado de trabalho se mostra mais forte do que o esperado, no quadro atual.
Em meio às declarações, o monitoramento do CME Group mostrou hoje alta na chance de uma elevação de 25 pontos-base nos juros em junho, a 25,7%, mas a possibilidade de manutenção seguia majoritária, em 74,3%.
Entre os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Pablo Hernández de Cos considerou que ainda há um “longo caminho” a percorrer no aperto monetário, enquanto François Villeroy de Galhau considerou positiva a cautela em reduzir o ritmo das altas, de 50 a 25 pontos-base. O economista-chefe do BCE, Philip Lane, destacou em evento o fato de que o mercado segue confiante de que a instituição levará à inflação de volta à meta.
O ING comentava, em relatório mais cedo, que o mercado parecia seguir “cautelosamente confiante” em acordo sobre a elevação do teto da dívida nos EUA nesta semana. O banco acredita que esse ponto, mais sinalizações hawkish do Fed, que publica ata nesta semana, podem apoiar o dólar nos próximos dias. Já no Reino Unido, a libra deve reagir ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) que sai nesta semana, acredita o ING.
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