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Moedas globais: dólar recua, enquanto libra atinge máxima em 2 anos

Sinalizações do presidente do banco central dos EUA sobre o rumo dos juros no país estiveram em destaque

Moedas globais: dólar recua, enquanto libra atinge máxima em 2 anos
Dólar (Foto: Adobe Stock)

O dólar caiu nesta sexta-feira (23), induzindo o índice DXY a um patamar abaixo dos 101 pontos, no piso desde dezembro do ano passado, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, afirmar que chegou a hora de ajustar a política monetária nos Estados Unidos. Entre os principais pares, o dólar foi fortemente pressionado ante a libra esterlina, que tocou o maior nível desde março de 2022. O iene e o euro se apreciaram.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em baixa de 0,78%, a 100,718 pontos. No fim desta tarde, a moeda americana cedia a 144,19 ienes. A libra subia a US$ 1,3212 e o euro se depreciava a US$ 1,1194, este último no maior valor desde julho do ano passado.

A libra chegou a avançar a US$ 1,3230, maior nível desde março de 2022. Em discurso para o evento do Fed em Jackson Hole, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, afirmou que o BC deve permanecer cauteloso enquanto considera novos cortes em sua taxa básica de juros, apesar dos sinais de que a inflação deve retornar à meta de 2%.

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O euro chegou a rondar US$ 1,12, na máxima intradiária. O Rabobank passou a prever quatro cortes consecutivos da taxa de juros nos Estados Unidos, o que motivou uma revisão em alta da projeção para euro em 3 meses, de US$ 1,09 para US$ 1,12, e em 6 meses, de US$ 1,09 para US$ 1,11. O banco, contudo, projeta que o dólar voltará a mostrar resiliência na primavera e no verão do ano que vem no Hemisfério Norte, com a apreensão sobre inflação, escreveram analistas.

O iene contou ainda com um impulso adicional frente ao dólar vindo de comentários do presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, que reafirmou que o banco planeja continuar aumentando as taxas, após comunicações recentes confundirem os participantes do mercado sobre o caminho do BC. “Não há nenhuma mudança em nossa postura básica de ajustar o nível de flexibilização monetária daqui para frente”, se o banco confirmar que a economia e os preços estão progredindo em linha com as previsões, disse.