(Letícia Simionato, Estadão Conteúdo) — O dólar se valorizou ante rivais nesta terça-feira, impulsionado após a divulgação de dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que surpreenderam o mercado ao virem acima do esperado e confirmarem a trajetória hawkish do Federal Reserve (Fed). Analistas, em sua maioria, esperam agora que o BC americano eleva juros em 75 pontos-base, na reunião da semana que vem. No entanto, há apostas por aperto de 1,0 ponto porcentual.
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O índice DXY registrou alta de 1,37%, a 109,815 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 144,48 ienes, o euro caía a US$ 0,9976 e a libra tinha queda a US$ 1,1500.
De acordo com dados publicados hoje pelo Departamento do Trabalho, o CPI dos Estados Unidos subiu 0,1% em agosto ante julho, contrariando a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de queda de 0,1%. Já o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,6% na comparação mensal de agosto, quando o consenso do mercado era de alta de 0,3%.
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Para a Capital Economics, os dados vieram bem mais forte que o esperado e confirma que o Fed deve subir os juros em “pelo menos” 75 pontos-base na semana que vem. A casa ainda argumenta que uma alta de 100 pontos-base não deve ocorrer, já que os Fed funds estão perto da taxa neutra no momento.
“O dólar norte-americano recuperou seu ritmo após a alta inflação aumentar as expectativas de aumento da taxa do Fed. Parece que os investidores estavam um pouco otimistas demais com o momento em que o Fed poderia começar a pausar seu ciclo de alta das taxas”, analisa Edward Moya, da Oanda. “Qualquer coisa que sugira que o Fed continuará sua luta contra a inflação e levará a taxa terminal além do que pensávamos que levaria, causará essa reação do mercado – dólar em alta e ações em baixa”, afirmou Ivan Asensio, do Silicon Valley Bank, ao WSJ.
*Com informações da Dow Jones Newswires