O Citi avalia que o real brasileiro, a lira turca, a libra esterlina e o peso chileno continuam vulneráveis no caso de um movimento de desalavancagem adicional e mudanças de posicionamento por parte dos investidores globais, após essas moedas terem recebido fluxos de recursos nos três últimos meses.
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Em relatório publicado na segunda-feira (5), o banco americano citou que métricas de posicionamento utilizadas pela instituição explicam alguns dos recentes retornos das diversas classes dos ativos. No caso do câmbio, as posições compradas associadas a operações de carry trade no real, na lira e libra e posições vendidas no baht da Tailândia, coroa checa e no yuan chinês estão vulneráveis, segundo o banco.
O Citi pontuou que as ações japonesas apareciam como um consenso de posicionamento comprado – uma aposta em alta dos ativos. E foi diante desse contexto que o Japão sofreu o impacto da forte liquidação observada na sessão de segunda-feira, quando o índice Nikkei, principal índice referencial da bolsa japonesa, caiu mais de 12%, no maior tombo diário desde outubro de 1987.
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Diante do posicionamento abaixo de pares (underweight) nos títulos japoneses, os papéis da dívida do governo do Japão acabaram registrando um desempenho sustentado. “Também notamos que a correlação entre as notícias econômicas (ruins) e os retornos de ações (também ruins) agora é positiva”, observaram os analistas. Para o Citi, as condições são fracas para retornos de ações, mas isso está condicionado a como os dados evoluem em relação às expectativas de consenso.