O Morgan Stanley elevou o preço-alvo das ações do Nubank (ROXO34), listadas na Bolsa de Nova York, de US$ 11 para US$ 16, o que implica em um potencial de alta de 107% em relação ao fechamento de ontem (18). A recomendação foi mantida em “overweight”, ou seja, o banco recomenda uma exposição acima da média do mercado a seus clientes.
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Na visão da equipe do analista Jorge Kuri, o Nubank pode atingir um valor de mercado de US$ 100 bilhões (o equivalente a R$ 506 bilhões) até 2026, contra os cerca de US$ 36 bilhões a que é avaliado atualmente. Em um amplo relatório enviado a clientes, eles afirmam que o mercado subestima as oportunidades de venda cruzada de produtos que a fintech possui no Brasil, bem como a possível expansão das operações no México e na Colômbia.
No primeiro caso, o ganho de valor de mercado para o Nubank é estimado pelo Morgan Stanley em US$ 43 bilhões. “Em nossa visão, o Nubank tem uma oportunidade única de ganhar uma maior fatia de participação nos gastos de seus clientes no Brasil ao vender a eles produtos ainda pouco penetrados (como o crédito pessoal, o consignado e o ‘compre agora, pague depois’)”, diz a casa. O consignado, por exemplo, poderia chegar a 8% da base ativa de clientes do neobanco, abocanhando uma participação de mercado de 14%.
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As operações do México e da Colômbia, por sua vez, poderiam aumentar o valor de mercado da fintech em mais US$ 22 bilhões. Hoje, segundo Kuri, essas operações não são consideradas pelo mercado financeiro na avaliação do Nubank, ou seja, esse seria um destravamento de valor em relação ao atual.
“O Nubank está bem posicionado para ter sucesso no México e na Colômbia, em nossa visão, porque pode aproveitar de sua marca forte, da experiência do consumidor entre as melhores do mercado, superioridade tecnológica, um avançado processo de avaliação de crédito e uma estrutura barata nestes locais que têm sistemas bancários ineficientes”, escreve o analista.
Até 2028, o Morgan estima que o Nubank pode ganhar 45 milhões de clientes nos dois países combinados, e que pode aumentar a venda cruzada de produtos e serviços de maneira mais acelerada que no Brasil. “Por exemplo, a companhia já lançou crédito pessoal no México, no mês passado, e planeja iniciar o consignado até o final do ano”, escreve o banco, que estima que nestes produtos, o Nubank pode chegar a 12% e a 9% do mercado mexicano, respectivamente, em cinco anos.