Em junho, a média da movimentação financeira real das pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs) apresentou crescimento de 1,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo com avanço, o resultado configura uma desaceleração frente aos resultados observados nos últimos meses – na comparação direta com maio de 2022, o índice mostrou recuo de 4,4%, aponta o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs).
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Incorporando o resultado do último mês, o levantamento indica que a média da movimentação financeira real das PMEs no país avançou 3,4% no segundo trimestre do ano, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 637 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
Setores
O crescimento anual do índice em junho foi puxado pelo avanço da movimentação financeira real nos setores da indústria (+10,6%) e infraestrutura (+6,5%). Já o segmento de comércio apresentou ligeiro crescimento de 1% no período, composição que reflete o avanço no segmento de comércio e reparação de veículos e certa retração pontual do varejo. Por outro lado, o setor de Serviços foi a surpresa negativa, apresentando a primeira retração (-2,9%) na comparação anual desde o primeiro semestre de 2021.
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“Apesar do resultado negativo observado em alguns segmentos, ainda é cedo para assumir o desempenho como tendência”, afirma o Especialista de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, Felipe Beraldi.
Diante desse cenário, Beraldi considera que, para o segundo semestre do ano, ainda há espaço para uma sustentação dos setores de Comércio e de Serviços, especialmente com as novas medidas fiscais do governo para dar sustentação ao consumo, em meio às dificuldades observadas no ambiente econômico global.