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MRV (MRVE3): ações têm forte queda após relatório do UBS BB

Banco rebaixou a recomendação da empresa de compra para neutra

MRV (MRVE3): ações têm forte queda após relatório do UBS BB
Empreendimento multifamily da Luggo, startup da MRV. Foto: Divulgação/Luggo

As ações da MRV (MRVE3) figuram entre as principais baixas do Ibovespa nesta quinta-feira (8). Às 16h36 os papéis da construtora recuam 8,92% cotados a R$ 6,74, após oscilarem entre máxima a R$ 7,36 e mínima a R$ 6,70.

O movimento reflete a decisão do UBS BB de rebaixar a recomendação para a empresa de compra para neutra.

Em relatório, o banco também cortou o preço-alvo dos papéis de R$ 20 para R$ 8,5, o que ainda representa um potencial de alta de aproximadamente 15% sobre o fechamento de quarta-feira (7), quando as ações encerraram o dia cotadas a R$ 7,40.

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Para o UBS BB, os custos maiores de emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) devem pesar negativamente no fluxo de caixa livre (FCF) da companhia.

Essa métrica, presente no balanço da empresa, mostra o saldo de caixa que está livre em um negócio, ou seja, o dinheiro livre depois de realizado todos os pagamentos obrigatórios para o funcionamento da companhia. Costuma, portanto, ser encarado como a capacidade financeira da empresa de gerar caixa para seus acionistas.

Na visão do banco, a MRV se tornou mais dependente de concessões de crédito, o que aumenta o risco e a complexidade de seus negócios no Brasil. “Se a MRV parar de emitir novos CRIs, seu FCF operacional atual fraco, junto com suas dispendiosas emissões passadas, levaria a uma queima de caixa prejudicial no curto prazo”, escreveram Victor Tapia, Tainan Costa e Luma Paias, analistas que assinam o relatório.

Por outro lado, na avaliação do UBS BB, as mudanças recentes das regras dos CRIs devem corrigir outras assimetrias, como a emissão por empresas não imobiliárias, levando à redução da oferta, com impacto positivo para a MRV. Na última semana, uma decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) impôs restrições nos lastros e perfis de emissores desses títulos.

Nesta quinta-feira (8), o dia é negativo para as empresas cíclicas – mais afetadas por ciclos econômicos e juros altos -, que sofrem na Bolsa brasileira após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro vir acima do esperado pelo mercado. O Ibovespa, por sua vez, recua 1,26%, aos 128.317,91 pontos.

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*Com informações do Broadcast