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As ações da Neoenergia (NEOE3) podem disparar 80,3% até o fim de 2025 após a companhia reportar um balanço sólido em 2024, estimam os analistas do BTG Pactual em relatório divulgado nesta terça-feira (18). No documento, eles recomendam compra para a ação e esperam que o ativo encerre 2025 cotado a R$ 36,00, implicando a alta de 80,3% em relação ao fechamento de segunda-feira (17).
O otimismo com a ação do setor elétrico ocorre após a empresa reportar lucro líquido de R$ 852 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 12% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de 2024, a empresa lucrou R$ 3,635 bilhões, redução de 19% em comparação com igual intervalo de 2023.
Para o BTG, os números foram fortes apesar da queda, com o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA, ou EBITDA na sigla em inglês) em R$ 2,84 bilhões, superando a previsão de R$ 2,53 bilhões feita pelo banco. Os especialistas também mencionam o lucro líquido de R$ 852 milhões, 68% acima das expectativas, que eram de um lucro de R$ 506 milhões.
O que fez o balanço da Neoenergia ficar acima do esperado?
A equipe do BTG afirma que os principais fatores para a surpresa foram a Coelba (companhia de energia da Bahia) e, em menor extensão, a Celpe (Pernambuco) e a Cosern (Rio Grande do Norte). Além disso, a geração convencional de energia chamou a atenção dos analistas no balanço, outro ponto positivo levantado por eles.
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Em linhas gerais, a equipe do BTG diz que a ação está atrativa, mas que os dividendos da Neoenergia podem não ser tão interessantes. Os analistas estimam um rendimento em dividendos para Neoenergia de 2,6% para 2025, abaixo da inflação projetada pelo mais recente boletim Focus para 2025, que é de 5,6%. Ou seja, a depender dos dividendos da Neonergia, o investidor pode perder dinheiro para a inflação.
Ainda assim, o BTG reforça que sua recomendação de compra é feita com a expectativa de lucrar com a alta da ação, visto que o papel apresenta retornos potenciais. “Atualmente, vemos as ações negociadas a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 11,8%, reforçando nossa recomendação de compra”, explicam Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende, que assinam o relatório do BTG sobre a Neoenergia (NEOE3).