A plataforma de investimentos e conta corrente em dólar Nomad alcançou margem bruta positiva de mais de 50% no primeiro trimestre de 2023. A melhora da performance foi graças ao aumento de clientes e do volume de operações, disse Natália Lima, líder da área financeira da Nomad, ao Broadcast. “Com a margem positiva nós nos vemos chegando no breakeven [ponto de equilíbrio] nos próximos meses, antes do final do ano. Isso nos coloca em uma posição em que não precisaremos de uma nova rodada de investimento”, afirma a executiva.
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Os primeiros três meses do ano registraram volume transacionado em cartões três vezes maior que no último trimestre de 2022. Já o faturamento foi quadruplicado – a empresa não informa os números absolutos.
Além disso, no último mês de abril, a empresa chegou à marca de R$ 2 bilhões de ativos de clientes sob custódia. Outro objetivo para o fim deste ano é dobrar o número de usuários, que atualmente ronda 1,5 milhão.
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Na maré revolta no mundo das startups, com ondas de demissões em massa frequentes desde o ano passado, a fintech não passou ilesa. Em agosto do ano passado, poucos meses após receber aporte de US$ 32 milhões, cerca de 70 funcionários foram mandados embora, segundo fontes disseram na época. A readequação do quadro foi definida pela empresa como medida para “garantir a alta performance nos próximos anos”.
A melhora no desempenho, veio com cortes de custos como este e também com novos arranjos com parceiros, por exemplo em relação às operações de câmbio. Pelo aumento da escala, as margens do negócio ficaram mais vantajosas, explica Lima.
Da parte das receitas, Lima aponta que a diversificação de frentes de negócio tem participação importante. A empresa lançou a modalidade de parcelamento de valores das compras em dólar. No fim do ano passado, com a aquisição da startup Husky, entrou no negócio de transferências internacionais focado em brasileiros que trabalham para o exterior.
As variações para baixo do dólar em relação ao real têm jogado a favor da Nomad. O recorde histórico de remessas foi quando a moeda americana caiu abaixo dos R$ 5 em abril. O volume foi três vezes maior do que a média e o número de novas contas abertas por dia chegou a ser 2,5 vezes maior que a média.
