Últimas notícias

NotreDame Intermédica surpreende com prejuízo no 3º trimestre

A companhia apurou resultado negativo de 90,7 milhões de reais entre julho ao fim de setembro

Escritório da NotreDame Intermédica. Foto: Divulgação/NotreDame Intermédica

O grupo de medicina NotreDame Intermédica divulgou nesta quarta-feira (10) prejuízo líquido para o terceiro trimestre, em um resultado pior que o esperado pelo mercado e que reverte lucro de quase 200 milhões registrado um ano antes.

A companhia apurou resultado negativo de 90,7 milhões de reais entre julho ao fim de setembro, pressionado por forte aumento na sinistralidade, que subiu de 68,6% no terceiro trimestre de 2020 para 80,1%.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 70,8% no período, para 132 milhões de reais, com a margem desabando 12,7 pontos percentuais, para 4,1%.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Analistas, em média, esperavam que a Intermédica reportasse lucro líquido de 92 milhões de reais no terceiro trimestre e Ebitda de 306,8 milhões, segundo dados da Refinitiv.

A companhia é alvo de oferta de aquisição feita pela hoje rival Hapvida e tem estratégia de verticalização, oferecendo planos de saúde que são atendidos por rede própria. O sistema foi bastante criticado pela CPI da Covid-19, que considerou como fator que colabora para pressão de cortes de custos no atendimento dos clientes.

Segundo o balanço, a sinistralidade da Intermédica, que passou a subir a partir do terceiro trimestre do ano passado, chegou ao pico de 80% por uma série de fatores que incluem sete operações de fusões e aquisições que estão em processo de integração, além de “alto custo de pacientes Covid com longos tratamentos durante o terceiro trimestre” na rede credenciada de hospitais.

A empresa ainda citou custos com desmobilização adicional de atendimento usada durante o pico da pandemia no país e aumento de custos com materiais e medicamentos na rede própria.

Com isso, a linha “contas médicas”, a mais importante de custos da companhia, saltou 39,2% no terceiro trimestre sobre um ano antes, para cerca de 2,6 bilhões de reais, acima do crescimento de 19,3% da receita líquida no período.

Segundo a empresa, o tratamento dos pacientes com Covid-19 impactou negativamente a sinistralidade da companhia em 247 milhões de reais (7,7 pontos percentuais), tanto na rede própria quanto na rede credenciada no terceiro trimestre.

Apesar disso, a empresa afirmou que “as internações hospitalares por Covid-19 diminuíram significativamente ao longo do terceiro trimestre, permitindo uma melhoria importante na maioria dos indicadores de performance operacionais da companhia, e com indicação clara de retorno à normalidade”.