

O Itaú BBA considera que o Nubank (ROXO34) passou por “altos e baixos” nos últimos anos, mas que atualmente está apresentando desempenho acima do esperado, com alta de 8% no acumulado do ano, negociando a uma relação entre preço e lucro de 18 vezes.
Segundo o Itaú BBA, o “alfa positivo” do Nubank não vem de revisões de lucros relativos, já que elas têm sido piores do que as dos pares. “Isso sugere que os múltiplos de valuation do Nubank capturaram uma rotação temática relativamente favorável para as ações domésticas da América Latina”, ponderam os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, em relatório.
De acordo com eles, o desconto de 40% na relação entre preço e lucro do Nubank comparado às 7 ações Magníficas (Mag 7) no início do ano agora está em 20%. “Esses dados podem ser interpretados de diferentes maneiras. O Nu é um vencedor temático em termos de negócios e geografia, portanto, o benefício da rotação pode continuar por algum tempo”, avaliam os profissionais.
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Por outro lado, os analistas destacam que a ação do Nubank, cotada entre US$ 10 e US$ 11, pode parecer “mais barata” do que no passado, mas outras ações de crescimento de referência parecem ainda mais descontadas. “Qualquer queda nas estimativas, impulsionada por microestimativas, pode causar uma queda ainda maior a partir daqui. Isso é motivo de reflexão tanto para investidores otimistas quanto pessimistas”, ressaltam. O Itaú BBA diz permanecer “fundamentalmente cauteloso”, prevendo trimestres mais fracos pela frente.
No entanto, o banco enfatiza que o Brasil pode ser relativamente favorecido por mudanças na política comercial e se destaca positivamente com revisões positivas do PIB. “Mais importante ainda, os negócios do Nubank são impulsionados exclusivamente pela atividade doméstica”, completa. A casa tem recomendação de market perform para o Nubank (equivalente a neutra), com preço-alvo de US$ 12, o que representa um potencial de alta 7,2% sobre o fechamento da última terça-feira (22).