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Nubank lança ETFs de ações de alta e baixa volatilidade; entenda

Agora, a fintech conta com quatro produtos de ETF em renda variável, todos em parceria com a B3

Nubank lança ETFs de ações de alta e baixa volatilidade; entenda
(Foto: Divulgação/Nubank)

O Nubank (ROXO34) deve lançar amanhã dois Exchange Traded Funds (ETFs) na B3 (B3SA3). O primeiro é o Low Volatily (LVOL11), um ETF focado em de baixa volatilidade. O segundo é o High Beta (HIGH11), com foco em gerar lucro para o investidor com empresas de maior volatilidade no mercado.

O primeiro ETF, de baixa volatilidade, é composto por 28 empresas de vários setores, como utilidade pública, financeiro, materiais básicos, consumo não cíclico, bens industriais, comunicações, saúde e real estate. Algumas das companhias são Weg (WEGE3), Ambev (ABEV3), Taesa (TAEE11), Santander (SANB11), Vale (VALE3), entre outras.

Algumas empresas que pagam bons dividendos e são classificadas como blue chips (empresas consolidadas do Ibovespa) não fazem parte da carteira do ETF, como Petrobras (PETR4) e Bradesco (BBDC4).

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Para André Kikuchi, diretor da Nu Asset, algumas empresas são a prova de que não há necessidade de alta volatilidade para o investidor ter uma grande retorno. “O Magazine Luiza (MGLU3) teve uma grande volatilidade nos últimos anos, mas o retorno médio ao ano desde a sua estreia foi de 10%. Outras empresas, como Taesa tiveram um rendimento superior a 21% ao ao ano desde sua estreia”, diz Kikuchi.

O banco selecionou, junto com a B3, 33% das empresas do Ibovespa que possuem a menor volatilidade. Ao olhar esses 33% das menos voláteis, o indicador teve uma alta de 1792% nos útimos 20 anos. Enquanto o Ibovespa teve um rendimento de 934% no mesmo período. A diferença foi de 857% no acumulado dos 20 anos.

Os dois ETFs do Nubank possuem uma taxa de administração de 0,5% ao ano. O valor mínimo para investir nesse ETF é de R$ 100. O resgate e o depósito são feitos com o prazo de dois dias úteis (D+2). O segundo ETF, o HIGH11, tem como objetivo aumentar a variação de retornos permitindo que o investidor aproveite os ciclos de alta. 

Segundo o diretor da Nu Asset, o objetivo é entender quão sensível é o retorno de uma empresa comparado ao Ibovespa. O índice tem empresas com alavancagem com objetivo de alavancar o crescimento do portfólio. “O aspecto é muito mais tático. Em determinados ciclos, procuramos se beneficiar da maior volatilidade”, diz Kikuchi.

Na carteira é possível observar empresas de commodities, com dependência do crescimento econômico e financeiro. Exemplos são Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Renner (LREN3) e Natura (NTCO3). “Capturar nessa metodologia fundamentalista essa alavancagem.”, explica André Kikuchi. 

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Nos últimos 20 anos, o High Beta valorizou 113% enquanto o Ibovespa subiu 271%. Ou seja, o principal índice de ações da Bolsa teve um desempenho maior que o indexador do ETF do Nubank. Questionado pelo E-Investidor sobre os motivo para o investidor aportar em um ETF que rendeu abaixo do Ibovespa, Kikuchi disse que a rentabilidade histórica não é igual à rentabilidade futura. 

Hênio Sheidt, gerente de índices da B3, indica que a novidade consiste em duas teses de investimento principais: não se preocupar com oscilações e trazer um retorno melhor do que o benchmark.

O Nubank foi autorizado pela CVM para gerir fundos em 2018. Ao longo dos últimos anos, o roxinho foi lançando várias modalidades de investimentos, como Nu soberado, e os próprios Exchange-Traded Fund (ETFs) de dividendos em setembro de 2023. O ETF foi visto como inovador pelo mercado por ser o primeiro ETF a pagar dividendos diretamente para o investidor.