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Nubank (ROXO34) volta a ultrapassar valor de mercado do Itaú (ITUB4)

O banco digital era avaliado em cerca de R$ 290,5 bilhões nesta sexta-feira (24)

Nubank (ROXO34) volta a ultrapassar valor de mercado do Itaú (ITUB4)
Foto: Divulgação/Nubank

Após mais de dois anos, o Nubank (ROXO34) voltou a valer mais que o Itaú Unibanco (ITUB4) na Bolsa. Na tarde desta sexta-feira (24), o banco digital era avaliado em cerca de R$ 290,5 bilhões na Bolsa de Nova York, em que é listado. Na B3 (B3SA3), o Itaú tinha valor de mercado de R$ 289,8 bilhões.

Com essa avaliação, o Nubank se torna a instituição financeira brasileira mais valiosa entre as que estão nas bolsas. O nome mais próximo dele e do Itaú é o Banco do Brasil (BBAS3), que ocupa um distante terceiro lugar, avaliado em R$ 155,1 bilhões. Depois vêm o BTG Pactual (BPAC11), que vale R$ 139,6 bilhões, e o Bradesco (BBDC4;BBDC3), que vale R$ 130,9 bilhões.

A última vez em que o Nu ficou acima do Itaú em valor de mercado foi em fevereiro de 2022. Naquele mês, a fintech divulgou seu primeiro balanço como empresa de capital aberto, ainda com prejuízo, o que levou o mercado a ajustar suas expectativas para baixo.

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Este cenário se reverteu. O Nubank encerrou 2023 com lucro líquido de US$ 1,030 bilhão, o primeiro da história em base anual, e teve mais um ganho de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre deste ano.

“O desempenho do negócio foi sólido, encontrando as expectativas mais otimistas”, disse o Itaú BBA em relatório divulgado logo após o balanço da fintech, há duas semanas. Os principais destaques, na visão da equipe do analista Pedro Leduc, foram o crescimento da carteira de crédito, de 52% em um ano, e das receitas associadas às operações.

O crescimento da carteira tem sido acompanhado de uma alta da inadimplência, que saiu de 5,5% para 6,3% entre março de 2023 e o mesmo mês deste ano. O Nubank tem afirmado que seu negócio é de crescimento, e não de controle dos atrasos, uma visão que seus investidores internacionais, com perfil de tecnologia e apetite por crescimento, chancelam.

Com os resultados, o Nubank chegou a um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 23%, superior ao do Itaú, de 21,9%. Os dois números, porém, comparam negócios diferentes. O Nubank opera com licença de instituição de pagamentos e de financeira, modelos que exigem menos capital que um banco múltiplo, que é o “chassi” do Itaú e dos demais grandes bancos.

Os números ainda são favoráveis aos grandes bancos no volume de ativos. Sob essa métrica, o Itaú é o maior deles, com R$ 2,8 trilhões em ativos em março. O Nubank tinha o equivalente a R$ 226,6 bilhões na mesma data. No ranking do Banco Central, atualizado até dezembro, a fintech era a nona maior instituição em volume de ativos no País.

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