(Reuters) – A plataforma de gestão (ERP) focada em micro, pequenas e médias empresas Omie anunciou nesta terça-feira que recebeu uma rodada de investimento de 580 milhões de reais liderada pelo SoftBank.
A rodada foi seguida pelos fundos Riverwood e Dynamo, Velt, Bogari Capital, Hix Capital e Brasil Capital. Sem dar detalhes, Marcelo Lombardo, presidente e fundador, disse que a transação coloca a Omie perto de se tornar um unicórnio, startups com avaliação de pelo menos 1 bilhão de dólares.
Fundada em 2013, a brasileira Omie tem 950 funcionários, 70 mil clientes. A empresa vinha vendendo seu serviço integrado de gestão e produtos financeiros para empresas com faturamento médio ao redor de 10 milhões de reais por ano. Com a pandemia, passou a buscar clientes com faturamento de até 200 milhões de reais, nas bordas de mercado atendido por gigantes como a alemã SAP.
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“Esse mercado era exclusivamente dominado por fornecedores com tecnologias e conceitos antigos”, disse Lombardo à Reuters. “Oferecemos um serviço muito superior por uma fração do custo desses antigos fornecedores”, acrescentou, afirmando que o software da Omie custa de 5% a 10% do cobrado por grandes fornecedoras de ERP e por ter uma integração maior de serviços.
“Nós percebemos primeiro que o ERP é o novo internet banking”, disse Lombardo.
Segundo Lombardo, os recursos serão usados para atrair clientes, ampliar canais de distribuição e ofertas de mais serviços financeiros como crédito, gestão de caixa e cobrança, enquanto deslancha simultaneamente uma parceria recém-fechada como o Itaú Unibanco para oferta conjunta de ERP e serviços financeiros para cerca de 1,5 milhão de empresas.
O movimento ilustra como empresas de gestão e de produtos financeiros estão rapidamente integrando ofertas no país, no momento em que inovações no mundo bancário como o pagamento instantâneo PIX e o open banking aumenta a concorrência e a pressão sobre as margens do setor bancário.
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No ano passado, a empresa de pagamentos StoneCo concluiu a aquisição da empresa de softwares de gestão para o varejo Linx, em um negócio de aproximadamente 6,8 bilhões de reais.