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Diretor do BB (BBAS3) explica por que Cielo (CIEL3) segue no radar do banco

Banco do Brasil considera preço ofertado como justo e não vai desistir de elevar sua fatia na empresa

Diretor do BB (BBAS3) explica por que Cielo (CIEL3) segue no radar do banco
Processo de OPA da Cielo foi interrompido. (Foto: Divulgação/Cielo)

“A Cielo (CIEL3) pode ajudar o Banco do Brasil (BBAS3) no mercado de cash back e cash management. E o atraso da oferta de ações para comprar os papéis da companhia (OPA) não impacta o banco em nada”, disse Pedro Bramont, diretor de soluções em meio de pagamentos do BB em conversa exclusiva com o E-Investidor nesta quinta-feira (29).

A fala aconteceu nos bastidores do BBDay, evento do banco que reúne analistas do mercado financeiro com o seus executivos para falar sobre as suas metas para 2024. O Banco do Brasil e o Bradesco (BBDC4) anunciaram no dia 5 de fevereiro uma oferta de ações para comprar a totalidade dos papéis da Cielo que estavam em circulação na Bolsa. O preço por ação na oferta foi proposto em R$ 5,35.

Em fato relevante, o BB havia informado que sua participação na companhia poderia chegar a até 49,99% do capital e o restante ficaria com o Bradesco. No entanto, seis gestoras e corretoras se uniram como acionistas minoritários da Cielo (CIEL3) para pedir um valor maior que o estipulado pelos grandes bancos.

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A XP Investimentos, Az Quest, Ibiuna, Mantaro Capital, Clave Gestora e a Encore Gestão disseram, em documento, que o valor justo para fechar o capital da Cielo seria de R$ 8,61 por ação ao invés dos R$ 5,35. O valor exigido pelas corretoras é 60,9% maior que o proposto pelo BB e Bradesco.

Após o questionamento, a oferta foi suspensa por motivos regulatórios do mercado até uma nova assembleia ser realizada. Em nota enviada à impressa, o Banco do Brasil disse que não desistiu da Cielo, mas comentou que o preço oferecido na OPA da Cielo é justo, visto que ele é amparado nos estudos técnicos que o BB contratou com instituição financeira de referência no assunto.

“O BB reconhece o direito de questionamentos dos acionistas minoritários da Cielo, mas ressalta que a metodologia e cálculos de preços aplicados estão todos corretos, sem apresentar nenhum tipo de falha ou imprecisão. Diante disso, o BB não vê razão para alterar o valor da oferta”, disse o banco.