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OSX (OSXB3), de Eike Batista, tomba após pedido de recuperação judicial

Empresa já havia solicitado pedido de RJ em 2013

OSX (OSXB3), de Eike Batista, tomba após pedido de recuperação judicial
Eike Batista. Foto: Andre Dusek/Estadão

As ações da OSX (OSXB3), de Eike Batista, figuram entre as principais baixas do mercado nesta segunda-feira (22). Às 16h06, os papéis da empresa (negociados fora do Ibovespa) recuam 9,64% cotados a R$ 478, após oscilarem entre máxima a R$ 5,45 e mínima a R$ 4,62. O movimento ocorre enquanto investidores repercutem o pedido de recuperação judicial (RJ) da companhia, o segundo de sua história.

Fundada em 2009, com atuação no setor de construção naval e logística portuária, a OSX (OSXB3) abriu capital na Bolsa de Valores em 2010. Sua primeira RJ começou em 2013 e foi concluída em 24 de novembro de 2020, em um acordo de credores. De lá para cá, os papéis da empresa caíram mais de 80%.

Em novembro de 2023, o Juízo da 3ª Vara Empresarial concedeu tutela cautelar à companhia, um procedimento que funciona como uma proteção contra credores. Dessa forma, foram suspensas pelo prazo de 60 dias as cobranças de obrigações e dívidas da OSX (OSXB3). A retomada dos prazos processuais estava marcada para esta segunda-feira (22).

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Com o encerramento da tutela cautelar, a empresa, após aprovação do Conselho de Administração, ajuizou no sábado (20) novo pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial. Segundo o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão foi tomada para “evitar danos de todo irreversíveis ao Grupo OSX”.

Embora a petição inicial do novo pedido de recuperação judicial ainda permaneça em segredo de Justiça, a empresa indicou que o total dos créditos listados no pedido soma aproximadamente R$ 7,93 bilhões e destacou que manterá  o mercado devidamente informado sobre qualquer atualização, nos termos da regulamentação em vigor.

Vale lembrar que a companhia é a única do antigo grupo EBX que segue sob controle de Eike Batista. O empresário, que alcançou o status de 7º homem mais rico do mundo pela Forbes com uma fortuna de até US$ 35 bilhões em 2012, foi condenado em 2021 pela CVM por manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas.

Em 2022, estreou o filme Eike – Tudo ou Nada” (2022), longa-metragem dirigido e roteirizado por Andradina Azevedo e Dida Andrade sobre a trajetória de Eike. A obra mostra ao público com pouca intimidade com o personagem como ele foi de sétimo homem mais rico do mundo a persona non grata no mercado financeiro. Veja mais detalhes nesta matéria.