

O otimismo das empresas do Brasil recuou ao menor nível desde junho de 2020 e resultou numa queda das intenções de investimento, segundo pesquisa conduzida pela S&P Global.
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O otimismo das empresas do Brasil recuou ao menor nível desde junho de 2020 e resultou numa queda das intenções de investimento, segundo pesquisa conduzida pela S&P Global.
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A pesquisa da S&P Global consulta as empresas sobre as expectativas para os próximos 12 meses. Depois disso, deduz o porcentual de companhias que esperam piora no cenário do porcentual das que esperam melhora. O saldo remanescente após este cálculo aponta se há pessimismo ou otimismo.
No caso das empresas brasileiras, o porcentual líquido em junho foi de 35%, menor que o de 42% observado em fevereiro, edição anterior da pesquisa. A leitura, acima de 0%, ainda indica otimismo, mas em níveis historicamente baixos.
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A incerteza em relação ao futuro e as expectativas de diminuição no crescimento da lucratividade afetaram os planos das empresas, com o índice que mede a intenção de investimentos caindo de 21% em fevereiro para 9% em junho. Ainda assim, a taxa ficou maior que a observada nas médias global (8%) e de mercados emergentes (5%).
O resultado líquido do índice de empresas prevendo aumento do gasto com pesquisa e desenvolvimento foi de 7%, o menor em quatro anos. Assim como no caso dos investimentos, a redução ocorreu nos segmentos industrial e de serviços, mas a indústria foi consideravelmente menos otimista do que as empresas de serviços.
“Vários fatores preocuparam os entrevistados, segundo os dados qualitativos, como questões políticas, concorrência, inflação e níveis persistentemente elevados de taxas de juros. Algumas empresas estão preocupadas com a incerteza que as eleições presidenciais de 2026 pode trazer, enquanto outras mencionaram receios com a entrada de produtos asiáticos mais baratos reduzindo a demanda por bens nacionais. Desafios ambientais também foram citados, em particular chuvas e mudança climática”, disse a S&P Global em relatório.
Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, destacou que também houve preocupações com a tarifação de produtos, mas que parte dos entrevistados indicaram que esperam ser beneficiados pelo aumento nas barreiras ao mercado americano e esperam ganhar fatias de mercado maiores. Outros acham que as tarifas vão exacerbar pressões inflacionárias, mas a maioria ficou neutra em relação às expectativas de potenciais impactos.
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“Coletivamente, no entanto, as expectativas de inflação diminuíram nas três medidas de preço monitoradas pela pesquisa: custos com funcionários, excluindo funcionários e preços ao produtor”, acrescentou ainda sobre o otimismo das empresas do Brasil.
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