O contrato do ouro fechou em alta, nesta segunda-feira, com certa cautela nos mercados diante das tensões geopolíticas. A invasão da Ucrânia pela Rússia continuou a ser foco importante, enquanto vários países anunciaram sanções a Moscou, o que apoiou a compra do metal precioso.
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O ouro para abril fechou com ganho de 0,69%, em US$ 1.900,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Com isso, o contrato se recuperou em parte da queda de 2,0% registrada na sexta-feira.
No domingo, o Banco Central da Rússia anunciou que passará a comprar ouro no mercado doméstico. A US Global Investors destaca, em relatório a clientes, o crescimento nos últimos anos do ouro como parte das reservas do BC russo, o que segundo ela sinaliza que o presidente Vladimir Putin se preparava para invadir a Ucrânia “há algum tempo”. Em 2010, o ouro era apenas 7,4% das reservas oficiais da Rússia, mas no fim da década de 2010 essa parcela havia avançado a 23,4%, destaca. Em janeiro de 2021, o BC russo anunciou pela primeira vez que tinha mais reservas em ouro que em dólares, aponta.
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Hoje, a Rússia e a Ucrânia começaram a negociar uma saída diplomática para a crise, mas sem sinais de acordo por ora. Enquanto isso, o Tesouro americano anunciou novas sanções, com punições contra Moscou também vindas da Europa, do Japão e do Canadá.