Aposta de cortes nos EUA eleva ouro para maior valor desde outubro; prata dispara 3,5% e renova recorde histórico
Metais preciosos sobem em Nova York com dólar mais fraco e expectativa por redução de juros nos EUA, enquanto metal prateado atinge novas máximas impulsionada por demanda via ETFs
Ouro fecha em alta com apostas por corte de juros do Fed e prata salta 3,5%, renovando recorde em Nova York. Veja preços, projeções do Deutsche Bank e fatores que sustentam o rali dos metais. (Imagem: Adobe Stock)
O ouro encerrou a sessão desta segunda-feira (1°) em alta, atingindo o maior preço desde outubro, se beneficiando de um dólar mais enfraquecido enquanto o mercado continua precificando um novo corte nos juros dos Estados Unidos neste mês de dezembro. Ao mesmo tempo, a prata saltou mais de 3% e registrou novo recorde nesta sessão.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro encerrou em alta de 0,47%, a US$ 4.274,8 por onça-troy. Já a prata para março seguiu os movimentos do ouro, saltando 3,5%, a US$ 59,142 por onça-troy, após atingir a máxima recorde de 59,435 durante a sessão.
Para a Deutsche Bank, a demanda por fundos de índice (ETFs) deve ser a principal razão por trás de um déficit na oferta do metal prateado – também dando suporte ao preço do ouro. O banco prevê, ainda, que a prata deve atingir a faixa de US$ 58,50 em 2026 e US$ 60 em 2027.
O ouro ampliou os ganhos do fim da semana passada, atingindo a máxima diária de US$ 4.299,6 – o valor mais alto desde 21 de outubro. A movimentação acontece em meio à consolidação das apostas por uma diminuição na taxa básica norte-americana na reunião do banco central dos EUA, Federal Reserve (Fed), da próxima semana, que se mantêm acima de 80%, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group. Também em meio às expectativas por mudanças na política monetária, analistas do Macquarie afirmam que um dólar mais fraco ajuda a sustentar o rali do metal precioso.
O Departamento Australiano de Estatísticas afirmou que as mineradoras do país estão aumentando a exploração do metal dourado, gastando cerca de US$ 282,6 milhões. De acordo com a Bloomberg, é o maior valor trimestral desde 1994, quando os dados passaram a ser coletados.