O ouro fechou com ganhos nesta sexta-feira, acumulando também alta na semana. O metal precioso foi favorecido pelo movimento do dólar, que recuou ante rivais, o que torna o ouro mais barato e, portanto, atraente a detentores de outras divisas. A moeda americana reagiu à queda do índice de gerentes de compras (PMI) dos EUA em julho a um patamar abaixo de 50, o que indica contração da atividade. Também por conta do dado, os juros dos Treasuries recuaram, outro movimento que tende a beneficiar a commodity.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para o mês que vem subiu 0,82% e 1,40% na semana, a US$ 1.727,40 por onça-troy.
Segundo leitura preliminar da S&P Global, o PMI composto – que engloba indústria e serviços – de julho dos EUA recuou a 47,5, menor nível em mais de dois anos e que indica contração da atividade americana. O dado pesou sobre o dólar e os juros dos Treasuries, dando fôlego ao ouro no mercado futuro.
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Outro fator que favoreceu a busca pela segurança do ouro foram as preocupações do mercado acerca de uma eventual recessão da economia global, à medida que bancos centrais ao redor do mundo sobem juros para controlar a inflação, avalia a Oanda. “O ouro pode encontrar resistência no nível de US$ 1,75 mil, mas se isso não acontecer, não haverá muito obstáculo até o nível de US$ 1,8 mil”, prevê o analista Edward Moya.
O Commerzbank, por outro lado, projeta um cenário menos positivo para o metal. Segundo o banco alemão, há queda consistente no interesse de investidores de varejo, que têm operado contratos de ouro em posição vendida em sua maioria. Além disso, há baixa demanda da China por barras, moedas e joias em ouro, diante da pandemia de coronavírus, acrescenta.