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Ouro fecha em leve alta e renova máxima histórica

A força ocorre apesar da alta do dólar e dos juros dos Treasuries e é impulsionada por tensões geopolíticas

Ouro fecha em leve alta e renova máxima histórica
Ouro. Imagem: Adobe Stock

O contrato mais líquido do ouro fechou leve em alta nesta sexta-feira (12), renovando sua máxima histórica, em um cenário de tensões geopolíticas impulsionando a busca por segurança entre investidores, com a ameaça de escalada do conflito entre Israel e Irã. Durante a sessão, a cotação chegou a ultrapassar o nível de US$ 2400,00 a onça-troy, mas perdeu fôlego ao longo do dia.

A força do metal ocorre apesar da alta do dólar e dos juros dos Treasuries, elementos que tendem a pressionar a commodity, com a demanda chinesa pelo ouro sendo apontada com um fator relevante. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,05%, a US$ 2.374,10 a onça-troy, novo recorde histórico. Na variação semanal, o ouro avançou 1,22%.

Vários meios internacionais reportavam, a partir de fontes de Estados Unidos e Israel, que o Irã poderia atacar em solo israelense, como retaliação após uma ação contra um consulado iraniano na Síria na semana passada. Segundo o Axios o Irã enviou uma mensagem ao governo do presidente Joe Biden por meio de vários países árabes no início desta semana: se os EUA se envolverem nos combates entre Israel e o país persa, as forças americanas na região serão atacadas.

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“Os preços do ouro afastaram-se um pouco dos seus impulsionadores habituais: os rendimentos dos Treasuries e o dólar. Embora a fraca inflação dos preços no produtor de março nos Estados Unidos pudesse ter elevado os preços esta semana, suspeitamos que a compra de refúgios seguros pela China também seja um fator-chave”, avalia a Capital Economics.

Dada a força atual do dólar, após um relatório de inflação nos EUA mais forte do que o esperado, está se tornando claro que a recuperação está sendo impulsionada principalmente por investidores que se preocupam menos com o custo de financiamento e mais com a geopolítica, o aumento da dívida pública e a reaceleração da inflação, afirma Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.

*Com informações Dow Jones Newswires.