Últimas notícias

Ouro fecha em baixa, pressionado por falas ‘hawkish’ de Powell

O ativo havia começado o dia operando em alta em meio aos temores pela variante ômicron do coronavírus

Ouro fecha em baixa, pressionado por falas ‘hawkish’ de Powell
Foto: Pixabay

O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa hoje (30), em sessão na qual apresentou volatilidade. O ativo começou o dia operando em alta, em especial ao aparecer como um porto seguro em meio aos temores pela variante ômicron do coronavírus. Por sua vez, o testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado dos Estados Unidos pressionou o metal, já que apresentou um tom observado como “hawkish”.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,49%, a US$ 1.776,50 por onça-troy.

Antes das falas de Powell, o TD Securities avaliava que a variante ômicron catalisou uma mudança nos preços do ouro para aumentos de juros do Fed, em linha com as expectativas do banco de investimentos para um abrandamento do crescimento e da inflação. “A variante também adiciona uma quantidade significativa de incerteza em torno da aceleração potencial da redução” de estímulos, cenário que sugeria um viés de alta para o metal.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Por sua vez, quando questionado no Senado sobre o teste de três passos para elevar juros – atingir máximo emprego, ter inflação acima de 2% e uma perspectiva melhor para inflação -, Powell disse acreditar que os critérios foram alcançados. Segundo o dirigente, o impacto da ômicron sobre a economia não deve ser “remotamente próximo” do visto em 2020, quando houve lockdowns. “Tentamos adaptar nossa política monetária conforme os desenvolvimentos e vamos continuar a fazer isso”, afirmou.

O resultado foi um ouro pressionado, já que as falas deram força ao dólar, moeda na qual o metal é cotado, e sugeriu uma elevação nos juros, o que tende a impulsionar os rendimentos dos Treasuries, e pressionar o metal, que compete com os ativos.