O contrato futuro do ouro fechou em leve alta nesta terça-feira (28). O ativo de segurança subiu mesmo com o dólar firmando ganhos, e com parte do mercado com mais apetite ao risco no contexto do tradicional rali de fim de ano. Esses fatores contiveram a demanda pelo metal precioso, mas ainda assim houve ganho modesto.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro subiu 0,11%, a US$ 1.810,90 por onça-troy.
“O rendimento moderado da T-note de 10 anos e o dólar um tanto sem direção estão apoiando os avanços do metal precioso esta semana, mesmo com a recuperação do apetite pelo risco”, escreveu Raffi Boyadjian, analista de investimento da corretora XM, em uma nota diária.
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Com a pressão sobre o dólar, o ouro pode subir ao longo desta semana, de acordo com o analista da Oanda Jeffrey Halley, “mas eu não colocaria minha casa nele sustentando esses ganhos”, acrescenta. A falta de divulgação de dados e notícias financeiras durante o período de férias significa que as movimentações tendem a ser contidas nesta semana.
O ouro tem sido negociado em uma faixa estreita desde novembro, já que as preocupações sobre a variante Ômicron do coronavírus e a incerteza sobre a eficácia das políticas de combate à inflação afetaram os mercados. Rendimentos de títulos mais baixos e um dólar mais fraco podem tornar ativos como ouro e prata, cotados em moeda, mais atraentes para compradores que buscam alternativas.
No entanto, de acordo com Naeem Aslam, analista-chefe de mercado da AvaTrade, as perspectivas para o ouro permanecem “desanimadoras, visto que a redução das preocupações relacionadas à Ômicron significaria que o Federal Reserve aderiu à decisão de acelerar o processo de redução gradual e executar aumentos nas taxas de juros já em março de 2022”.