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- Nem tudo se resumiu em momentos difíceis para os investidores em 2021, que também ganharam novas opções de investimentos para diversificar a carteira
O ano de 2021 foi marcado por muita turbulência no mercado financeiro e novidades, como queda na bolsa de valores, alta nos juros e alta da inflação. Mas nem tudo se resumiu em momentos difíceis para os investidores, que também ganharam novas opções de investimentos para diversificar a carteira.
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Uma das novidades que marcaram o ano foi o Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), que permite a alocação de recursos no setor do agronegócio e em cadeias produtivas agrícolas. A entrada do produto nas corretoras representa uma boa opção em um segmento de grande representatividade na economia nacional.
A opção foi lançada em outubro e ainda está em fase experimental, com regulação baseada principalmente nos fundos imobiliários. Ainda assim, o analista João Vítor Freitas, da Toro Investimentos, vê o ativo com bons olhos. Ele acredita que ao receber uma regulamentação própria em 2022, os fundos devem entrar nos holofotes. “O órgão regulador ainda está vendo como isso vai funcionar. A expectativa é que no ano que vem, por volta do segundo semestre, a gente tenha uma regulamentação definitiva”.
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Além do Fiagro, os ETFs e as criptomoedas também agitaram o mercado de capitais ao longo do ano. O dia 19 de outubro entrou para a história com a data em que estreou na bolsa de Nova York (NYSE) o primeiro ETF de futuros de bitcoin dos EUA, o ProShares Bitcoin Strategy ETF, lançado sob o ticker BITO.
Apesar do grande lançamento nos EUA, este tipo de produto não é novidade para os investidores brasileiros, que já podem investir no HASH11, o primeiro ETF de criptomoedas do mundo, lançado primeiramente nas Bermudas e depois aqui.
Outros produtos alternativos também foram lançados, como de energia e commodities. Fundos de urânio, petróleo, crédito de carbono, água e hidrogênio, por exemplo, agora estão disponíveis nas prateleiras de investimentos.
Para o CEO da Vitreo, George Wachsmann, a expectativa é que a discussão em torno de energia limpa, sustentabilidade e mudanças climáticas continuem favorecendo esses setores em 2022. Ele alerta que a diversificação deve ser sempre o objetivo de um portfólio saudável. “A diversificação é fundamental, e para o próximo ano continuaria indicando que o investidor continue investindo com exposição no exterior”, diz.
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A indicação também está de acordo com o que o analista da Toro recomenda para o próximo ano. “Não podemos esquecer que a diversificação é o último almoço grátis que o mercado dá. Não necessariamente o investidor tem que escolher uma coisa em detrimento da outra, o ideal é realmente ter uma carteira plural”, afirma.
Segundo Freitas, a diversificação e a aposta no exterior em um ano que promete volatilidade pelas eleições no Brasil deve ser a tônica. A recomendação é não abrir mão de renda fixa e Ibovespa na carteira, mas entender que uma diversificação maior e mais tranquila é possível com as novas opções que o mercado tem dado.
“Agora está muito mais fácil para o investidor pegar a parte da carteira dele e deixar dolarizada, livre do que a gente chama de risco Brasil”, reconhece o especialista da Toro.
O E-Investidor ouviu uma série de especialistas para este especial de reportagens que reúne as melhores indicações de investimentos para 2022. Por enquanto, apenas um spoiler: nos próximos meses, continuaremos a observar a entrada de novos produtos e oportunidades de investimento.
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