A cotação do ouro fechou o pregão desta quarta-feira (28) em baixa, com os investidores em compasso de espera pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) e por dados relevantes de inflação nos Estados Unidos, previstos ainda nesta semana.
Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para junho recuou 0,17%, fechando a US$ 3.294,9 por onça-troy.
Analistas do BNP Paribas destacam que a incerteza em torno das tarifas americanas sustentou os preços do ouro nos últimos meses, levando o metal a acumular alta de quase 23% no ano. No entanto, a pressa do governo Trump em concluir acordos comerciais com outros países reduziu parte do risco macroeconômico – e, consequentemente, a demanda por ouro como ativo de proteção.
Segundo James Hyerczyk, da FXEmpire, o metal precioso opera em um movimento de consolidação, com o mercado à espera de novos gatilhos para definir a direção no curto prazo. “Após a queda de terça-feira, compradores voltaram ao mercado, sustentando os preços na expectativa pela ata do Fed e pelos dados do índice PCE de abril, que serão divulgados na sexta-feira”, afirmou.
David Morrison, da Trade Nation, observa que o ouro pode já ter atingido seu teto no curto prazo, embora parte dos investidores ainda veja o metal como porto seguro diante das preocupações com o alto endividamento do governo dos EUA.
O BNP Paribas, por sua vez, revisou para baixo suas projeções de preço médio do ouro: agora, espera US$ 3.685 por onça no terceiro trimestre (ante US$ 3.940) e US$ 3.850 no quarto trimestre (ante US$ 3.975).