O contrato mais líquido do ouro fechou em leve baixa hoje, em um cenário no qual investidores seguem observando as perspectivas para aperto monetário, especialmente por parte do Federal Reserve (Fed). Dirigentes da autoridade se manifestaram hoje no sentido de indicar a busca pela neutralidade nos juros no país. Por outro lado, na sessão atual, o dólar e os rendimentos dos Treasuries recuam, o que limita as perdas do ouro.
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O ouro para junho encerrou a sessão com desvalorização de 0,17%, a US$ 1.955,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Na visão de Craig Erlam, analista sênior de mercado financeiro da Oanda, tem sido dias turbulentos para o ouro. Depois de subir durante a maior parte de abril, chegando perto de US$ 2 mil a onça-troy, o metal amarelo entrou em queda livre e agora parece ter se estabilizado em torno de US$ 1.950, avalia.
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Para Erlam, isso poderia marcar o novo suporte de intervalo após um período de negociação amplamente entre US$ 1.900 e US$ 1.950. A inflação alta está levando a um aperto mais agressivo e os traders podem estar temendo mais por vir, sem mencionar as consequências econômicas de tais movimentos de política, projeta.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, defendeu hoje uma “marcha rápida rumo à taxa neutra até o fim do ano” como um “caminho prudente para a política monetária nos Estados Unidos, no contexto atual. Ela destacou a força da inflação, mas também notou que a economia dos EUA mostra força, inclusive no mercado de trabalho. Em sua fala, ela comentou que a taxa neutra, segundo várias projeções, estaria “em cerca de 2,5%, em termos nominais”. Na avaliação do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, o banco central americano deve alcançar a política neutra ao fim deste ano.