O contrato mais líquido do ouro fechou em queda hoje, após subir na sessão de ontem ao ser procurado como porto seguro diante da invasão russa na Ucrânia. O mercado hoje está, no geral, com menos aversão ao risco e segue acompanhando os desdobramentos do conflito geopolítico. Além disso, o metal precioso foi prejudicado pela alta dos rendimentos dos Treasuries.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril caiu 2,0%, a US$ 1.887,6 por onça-troy. Na semana, o metal perdeu 0,64%.
De acordo com Edward Moya, da Oanda, os preços do ouro estão de volta abaixo do nível de US$ 1.900, já que o apetite ao risco encena um retorno, apesar de uma tremenda quantidade de incerteza com o conflito na Ucrânia. “Esta semana foi uma montanha-russa para os preços do ouro, mas a necessidade de refúgios ainda permanece. A inflação será um grande ponto focal, e a turbulência global que decorre das tensões geopolíticas deve fornecer motivação adicional para alguns investidores manterem o ouro”, destacou.
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Para o Commerzbank, como a situação na Ucrânia não melhorou, está difícil identificar razões para a queda de preços do metal. “É possível que alguns investidores tenham sido forçados a vender ouro para compensar perdas em outras classes de ativos. Ou pode ser que as sanções impostas à Rússia não sejam consideradas suficientemente duras. Alternativamente, a queda dos preços pode ser devido à especulação de que o banco central russo terá que vender ouro para sustentar a economia do país”, analisa.